quarta-feira, agosto 29

perturbação persistente


Desaparece ser invisível que me persegue
Estás a esgotar-me a mente
Sai de dentro de mim
Metes medo aos afortunados de espírito
E és conhecido por entre os esgotados de alma

Não sei por que nome te evoque
Nem sei porque me importunas
Mas fazes parte de mim
És o fantasma que me assombra a consciência
E me tira o sentido desta vivência
Desaparece!
Os teus pensamentos ecoam na minha cabeça como murmúrios…
Cânticos desassossegados que parecem ter no meu tormento o prazer supremo das suas vivências

Desaparece!
Não ouves ou não queres ouvir as minhas suplicas sofridos por sossego
Apenas quero nada sentir
Estar quieto sem tormentos que me distróem a alma
Já só peço isso
Nada de sonhos, de esperança, de tranquilidade, de amor
Já só peço o vazio
O nada
Tal é o tormento que me causas

Desaparece apenas!

domingo, agosto 19

momentos















Há momentos dificeis de explicar.
Momentos que nos libertam a emoção
Que nos deixam sem palavras e nos fazem perceber a beleza da existência.
Como é bom sentirmo-nos felizes...
É para isso que existimos.
Para nos sentimos em casa
Porque apesar da Felicidade plena não existir,
estes pequenos momentos servem para nos encher as entranhas de satisfação pura
e é tambem nestes momentos que é mais dificil partir
A saudade aperta mesmo antes da despedida
Queremos guardar esse momentos que tanto nos marcam
Dói saber que amanhã deixam de existir



F.Pessoa disse "...sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura."

Quero alterar essa frase e dizer: Sou do tamanho do que sinto e não do tamanho da minha altura. Porque quem sente vê com os olhos da alma e não com os da cara. Nem tudo o que observo me toca, mas tudo o que sinto causa impressões em mim, sejam elas boas ou más, mas reais e puras. E é com sensações que se vive no sentido real da palavra e não com imagens. As imagens servem como memórias de sentimentos. Não posso ser algo que nada me diz...